quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Justiceiro da paz


Ele não olha nos olhos de ninguém;
Aperta forte as mãos da explosão;
Bate martelo em edifício em construção.

Ele vai pro mato bicho se reabastecer
Ele é meio estranho. Tem místico viver.
Mira numa estrela viva para se proteger.

Ele quer ver na tela do cinema São Luiz;
Ir com a gata no Cine da Fundação.
Tomar café lá na Cultura e não ler porra nenhuma!

Porque parece um bicho do mato
Que come galinhas batendo o sapato
Foi num lanche na cidade que tudo se resolveu.

Admirada alma que não cabe em si
Vela a luz do divino sacramento
Tentações pra resitir, olhar e seguir.

Ele parece o gato do mato
Come galinhas batendo no prato
Sempre dizendo: quem tem juízo sou eu!

Quem tem juízo sou eu! – Ninguém sabe dizer.


(Cristiano Jerônimo)

No Brasil

  A palavra que nos deram foi silenciosa O vento soprou na saia do pensamento A lua da noite e do dia surgiu e encantou A engrenagem...