sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Só sorrir



Era sempre, havia um beijo que não se despedia

E mais um abraço para que nunca esquecessem

Um novamente sazonal, olhar ação intermitente

A coragem dos que permitem só se apaixonarem.

 

Amar, se quiser... porque não pode ser nesta noite

O que era de ser, na verdade sempre seria ligado

A carta mais bonita e encantada de um fino tarô

Não me orientou a nenhum problema no passado.

 

Lá pulsamos e relembramos a vida e a rotina

As saídas de cena para compor um retrato sexy

Pode ser algo que a gente nem sequer imagine

Muito menos desvaloriza ou mesmo se esquece.

 

O embrulho do estômago no pensamento é real

É esquisito, às vezes, é mais que o nosso existir

Assim que falam que se “perde o chão” na crise

E que o remédio para crise de amor é só sorrir.

 

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Fizemos muito e ainda somos muito escravizados

Mesmo a água que nos resta na planície desbotada

Haverá de aumentar os rios em 10 metros de altura

Capitais do Brasil podem se ver perdidas inundadas.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 28012022)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Céu ou inferno



Criaram um fojo no caminho dos homens

Juntados no buraco quadrado dos sonhos

Sina de poder sobreviver por seus milagres

Quando se abre e se pegam representantes.

 

Era o mesmo que fosso, com seres seduzíveis

Os mais desprezíveis desses gestos humanos

Não fique tão, solitariamente, assim tão exato

Existe uma centelha de fogo aonde nós vamos.

 

Representantes que nos comem carne até crua

Somos seres tão viçosos ao paraíso e ao mal

Podemos dizer, a gente é considerada normal

Foi porque quis que ela correu nua pelas ruas.

 

Um paraíso tropical de um turismo sexual

Pujante... Descobriram de novo o elefante

Toda magia das velas do mundo espiritual

E festas comemorando esta vida material.

 

Outros enfrentando o karma e o merecimento

Transformados em razão ainda há incoerência

Coisa dura de lutar é com nossos sentimentos

Com a nossa arrogância e toda a consciência.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 27012022)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Olho básico coco dub

 


Olha o coco

Pra saber se o dia é bom

Dança o coco

Na pegada desse som.

 

Na batida, pé no chão

No verso, o ancestral

Na cantiga da viola

Sem ter vida de animal.

 

O coco é embolada

Gostosa tal cocada

Dança o coco,

Pra saber como é que é.

 

E dança o coco

Pra saber como é que é.

 

E gira o coco no meio do salão

Seguindo o transe dessa roda

Ao som dos negros do sertão

Queridos irmãos quilombolas.

 

Se você dançar o coco

Não vai parar mais de dançar

O ritmo é de pegada

E vai te contagiar.

 

Salve o coco

Para a gente não parar

Coco de roda

Samba de coco

Eu quero é ver

O povo todo sambar.

 

O povo todo a sambar

Sambando o coco

Pra saber como é que é.



(Cristiano Jerônimo - 26012022)

 

“Eu quero me trepar no pé de coco

Eu quero me trepar pra tirar coco

Depois eu quero tirar o coco

Pra saber o coco é oco

Pra saber é o coco é coco

Tem gente dizendo que estou louco

Realmente, eu quero tirar o coco

Depois, eu quero pegar o coco

Pra saber se o coco é oco

Pra saber é o coco é coco.”

(Hamilton Oliveira/Messias Holanda)

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Grande casa

 


Tempo estranho

De fobia estrutural

homos, obesos, negros

Gays; todos importam

Psiquê, computadores

Medo de pobre

Amores dos reis

Dourando suas cores

Vivenciando a violência

Sempre na cozinha

Da casa réplica

Da grande casa

Com sua estética

Fantástica

De uma realidade

Desafiadora

Das horas e dos dias,

Os segundos que passam

Também são ameaçadores

Pois tudo acaba e começa

Com o perfumar das flores.

 


(Cristiano Jerônimo – 25012022)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Estalar de sete dedos


No âmago das massas!

Bem no meio

Do núcleo central

Eles invadem as nossas casas

Semeiam a discórdia e o mal

Mas nós vamos para a praia

Ler psicologia social

Aplicada à prática

De integrar o ser humano

Integralizá-lo para mudar

Como meninos preparados

Com cultura e educação

Saber para onde quem te joga

O meio, o qual, como?, Se toca!

Num pequeno futuro acontece

Por detrás dos muros, aparece

Nem sempre as coisas corroboram

É nessas horas que entra o tal do gato,

Ensina a ter sete vidas e a só cair de pé

Com possibilidades que nunca acabam.

 


(Cristiano Jerônimo – 24012022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...