sábado, 28 de setembro de 2024

Sonon pós night



A questão completa

A que é mais complexa

Sabe que não sou ninguém

Quando se diz quem é que pode

Dentro de mim há outro alguém

Minha natureza é mais de um bode.

 

Eu não sou mesmo a mesma pessoa

Que se alinhava noutros compassos

Como foram todos os meus abraços,

Sei que não há nada em linha reta

Nem nos mais fartos ou nos escassos

Argumentos para uma palavra certa.

 

Envolta e encoberta na nuvem que flutua

Nos lugares da capital pernambucana

A bailarina ou a cigana desafiam nuas

Todas correm para serem apenas uma

Volto para casa e levo o sono à ventania.

 

 

(Cristiano Jerônimo Valeriano – 28.09.2024)

MCMLXIV - ANISTIA NUNCA MAIS

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