sábado, 2 de dezembro de 2017

Novas entradas; velhas saídas


Cada porta de fora
Toda porta de dentro
Não te servem agora
A chave é o pensamento.

Larga mão de uma coisa
Pr’outra coisa se abarcar.
Velho cetim de estampas
Já não vai mais te abraçar.

Novas entradas
Velhas saídas...
Depois da saída,
Novas entradas.

Cheiro, pele fundamentais.
Para saídas convincentes,
Entradas de gala triunfais
E saber que está presente
Na eternidade e nada mais.

Os cristais são tão felizes
Homens não são pedras;
Muita gente se comporta
Como se fosse só o ouro.

Novas entradas
Velhas saídas...
Depois da saída,
Novas entradas.

Mirou mais no tesouro de lá
Do que se empenhou por cá.
Descobriu um atalho errado,
Caiu no precipício, caiu no mar.

Lembrou de Ícaro até Teseu;
Viu a vida passar rapidamente.
E não sobrou nem Minotauro,
Nem Dédalo nem asas de sonho.

Novas entradas
Velhas saídas...
Depois da saída,
Novas entradas.



(Cristiano Jerônimo – 02.12.2017)

No Brasil

  A palavra que nos deram foi silenciosa O vento soprou na saia do pensamento A lua da noite e do dia surgiu e encantou A engrenagem...