quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Palácios de prazeres


Os reis gostam de rir

Comemorar a sorte

Depois vão extorquir

Rir do bobo da corte.

 

Os monarcas donos

De outro patrimônio

Apagaram os sonhos

Trucidando o âmago.

 

Grandes rainhas de fé

Ai se eu fosse Elisabeth

Ou mesmo a Margareth

A realeza britânica na Sé.

 

Há reinados arruinados

Com as vísceras expostas

E um medo de olhar aberto

Sem nunca virar as costas.

 

Outros medonhos tiranos

Exercem sua brutalidade

Nos arredores das cidades

Aparecem com naturalidade.

 

Os monarcas e seus exércitos

A Rússia de olho na Croácia

Num mundo dual, nada certo

Os EUA já fizeram bem pior.

 

Projetos de poder e interesses

A quem interessa toda a fome

Há o justo prato dos burgueses

Mas há pessoas que não comem.

 

Os palácios de pompas e jantares

Almoços e festas de farto vinho

Lá fora, escravos aos milhares

Procurando sempre um caminho.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 20012022)

 

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Espíritos da natureza


Nos clarões das bolas de fogo

As salamandras, mães-da-lua

Seres invisíveis de todo novo

Misto de saci, curupira e porco

Os quatro elementos invadiam

A terra em abundância total

Com a enxurrada dava para ver

O que era, ali, do bem e do mal

Comadre florzinha e a caipora

São irmãs de todos elementais

Da própria natureza e nada mais

Com um pedaço de fumo de rolo

Corta em pedaços e fuma no mato

A caixa de fósforos para agradar

Para que os espíritos da mata

Lhes recebam para comungar

Nas bolas de fogo que cortam

Besteiras, tórrido cruel sertão

Espíritos da mata e elementos

A terra, o fogo, a água, e o ar

A caipora cabeluda vai fumar

E na pairagem os finos ventos

Os sentimentos flutuam no ar

Caçador que perdeu sua caça

Navegador de lagos sombrios

Os duendes são uma energia

As fadas são as boas vibrações

Neste paralelo com sua magia.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 18012022)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022


Os homens não querem ser grandes;

Eles querem que os outros sejam pequenos.

Assim, nós não conseguiremos evoluir,

pois a cobiça e a inveja são dois grandes venenos.



(Cristiano Jerônimo - Abr 1989 - aos 15 anos)

No mesmo caminho


Ter um sonho move a gente

A prática sucessiva dos anos

Oportunidades de indigentes

Nem sabemos como amamos.

 

Toda prática faz mais gente

Saber fazer como os ciganos

Sonhar como os experientes

Projetar e articular os planos.

 

Tem gente que nem se move

E nunca reclama de nada

Sonho de açúcar quando chove

Derrete e segue a estrada.

 

A utopia também salva vidas

A realidade acelera o coração

A ideia que precisa ser revista

Às vezes voa nas asas do avião.

 

E, no ar, olhando o caos abaixo

Alados, calados, voam sozinhos

Sem dar uma mão ou um braço

Seguem até o mesmo caminho.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 17012022)

domingo, 16 de janeiro de 2022

Terra nua ao mar

 


Nada se compara às tardes de sábado da adolescência

Uma sexta-feira única e exclusiva a cada nova semana

Sendo jovem, com uma nova e combativa consciência

Com o foco no caminho ao sol no qual não se engana.

 

Tudo lembra a janela da casa da minha madrinha avó

As janelas, aliás. E as tantas portas a mim apresentadas

Foi com a corda grossa que a gente aprendeu a dar o nó

As mais paradoxais situações foram, assim, vivenciadas.

 

Depois dos mouros europeus, veio a nossa linhagem

Bárbaros orientais então atacavam em terras ibéricas

E, por conseguinte, destruíam o “novo mundo” belo.

 

O que, um dia, passaram a denominar de América,

Com uma história que inicia exatamente no seu fim,

Belo como o campo de girassóis da Grande Guerra.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 15012022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...