quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Palácios de prazeres


Os reis gostam de rir

Comemorar a sorte

Depois vão extorquir

Rir do bobo da corte.

 

Os monarcas donos

De outro patrimônio

Apagaram os sonhos

Trucidando o âmago.

 

Grandes rainhas de fé

Ai se eu fosse Elisabeth

Ou mesmo a Margareth

A realeza britânica na Sé.

 

Há reinados arruinados

Com as vísceras expostas

E um medo de olhar aberto

Sem nunca virar as costas.

 

Outros medonhos tiranos

Exercem sua brutalidade

Nos arredores das cidades

Aparecem com naturalidade.

 

Os monarcas e seus exércitos

A Rússia de olho na Croácia

Num mundo dual, nada certo

Os EUA já fizeram bem pior.

 

Projetos de poder e interesses

A quem interessa toda a fome

Há o justo prato dos burgueses

Mas há pessoas que não comem.

 

Os palácios de pompas e jantares

Almoços e festas de farto vinho

Lá fora, escravos aos milhares

Procurando sempre um caminho.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 20012022)

 

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