sábado, 17 de abril de 2021

Não há mais tempo...

 


Não estigmatize, reze para aquela criatura evoluir e melhorar.

Não compare, exalte os pontos fortes e ajude os outros fracos.

Não desanime, o bom ânimo leva-nos a conseguir o impossível.

Não reclame, Alguém olha e nos livra dos perigos e dos buracos.

Não somatize, respire e utilize a razão para equilibrar sua emoção.

Não olhe pra trás, a mesma coisa antiga não acontece nunca mais.

Não se acanhe, mostre ao mundo como exatamente você pensa e é.

Não se exponha, se expor é como uma arma nas mãos das pessoas.

Não recei, acreditar faz parte da vida prática e sempre expressa a fé.

Não duvide de si, você pode alcançar tudo o que deseja ao saber pedir.

Não guarde muito, faça a caridade desprendida e anônima sem alardes.

Pense no outro, mas nunca dê aquilo que te falta, apenas o que sobra.

A mente é quem está ditando as normas do nosso novo mundo atual.

O pensamento está atraindo ainda mais suas sintonias de frequência.

Um dos maiores desafios dos humanos é ser resignado na paciência.

Cognitivamente, pegue a onda índigo, verde e mar, encontre o absoluto.

Seja resoluto, não há mais tempo para brincar, muitos menos a esperar.

 

 

 


 

(Cristiano Jerônimo – 17042021)

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Psicossocial

 


Relativo ao diurno

Onde se testa a vida

Poesia psicossocial

Pra mexer nossa ferida.

 

O verso não acaba bem

Quando alguém destoa

Letras levam-nos ao além

Os alarmes e vidas soam.

 

No tocante ao noturno,

Olhos cegos de morcego

Vida alegre em todo pub

O escuro é mesmo negro.

 

Rápida revolução digital

(O que será que eles leem)

Temos poesia psicossocial

Nada para vocês crerem

 

Mas usar a reflexão sã

No intervalo da ação

Para saber o que é vão

Se melhora o coração...

 

 (Cristiano Jerônimo – 15042021)

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Suor e bom ânimo

           



Os camponeses foram pessimistas

Não plantaram naquela boa safra

Todo o tempo que estava tão seco

Se desmanchou numa chuva farta.

 

Resolveram todos ficarem otimistas

Noutro ano, prepararam terra arada

Choveu depois de doze meses e nada

E todas as sementes foram perdidas.

 

O povo partiu para rezar mais e mais

Esperaram acendendo velas e vento

Plantaram, regaram, festejaram mais

Perceberam o Divino sabor do tempo.

 

Todos decidiram que seriam realistas

Mesmo com sonhos, iriam ver o céu

Suor e bom ânimo destas conquistas

Agora, planos tinham saído do papel.

 

O sertanejo percebeu que só se encontra

Quando vai observando, vagarosamente

O tempo e o vento. Plantar e armazenar

Foram anos pra viverem realisticamente.

 

Que tem o tempo certo de arar e plantar

Que tem também época de poder colher

Que só se colhe aquilo que você cuidar

O camponês, hoje, sabe muito bem viver.

 

(Cristiano Jerônimo – 14042021)

terça-feira, 13 de abril de 2021

DO MEL À SAFRA

 


Para Dra. Andréa Pereira

Abelha, tua doçura saboreia

A garganta do teu homem

Rainha, sou o zagão da tua aldeia

Voei muito pra chegar no front.

 

Aqui, hoje, até nosso silêncio dá paz

As colmeias são abelhas numa casa

Existe o ninho da Rainha e do Zangão

Um sabor de favos que a vida nos traz.

 

Gargalhadas e sorrisos, as conversas

A amizade de um amor feito de mel

O mel da vida para adoçar se preciso

Sentindo a polinização da nossa vida.

 

Lembro que da planta também sai mel

Melaço que ajuda a apascentar ovelhas

Como nós aprendizes do que sabemos

Para o fogo começar, basta só centelha.

 

O calor do teu suor em minhas mãos

Escorre em meus lábios como absinto

Tudo que eu sinto, suco de uva tinto

Numa fruta suculenta e compulsiva.

 

O jambo roxo do jardim do vizinho

A manga da senhora que não dava a ninguém

Mas a gente ia lá e pulava a subir nos pés

Assim nossa árvore é podada

Aguada e cuidada para ser

Sempre uma sombra

E um alimento

De safra.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 14042021)

domingo, 11 de abril de 2021

Onde o passado leva

 


A gente sofre coisas parecidas

Mas não há nesta nossa vida

Que não venha do invisível,

Para então tornar-se “crível”.

 

A felicidade está estampada

A felicidade está escondida

A felicidade está libertada

Temos agora uma nova vida.

 

As bolas estão todas coloridas.

 

Tão intensas, tão propensas

Tanto amor que enche o mar

Não pode admitir dias tensos

Não se deixar pela cabeça voar.

 

Nestes dias de inverno sóbrio

Vejo a luz do sol furar as nuvens

A magnitude da nossa natureza

As coisas boas que surgem e fluem.

 

Que tenhamos a capacidade

De sermos nós mesmos aqui

E a nossa boa cumplicidade

Sem silêncios ensurdecedores

Sem ter nada para restringir.

 

A vida é cíclica para quem tem

Coragem, de saber que o que foi

Ontem, hoje não mais nos convém

Coragem pra saber que o que se foi,

Era também...

Era.

 (Cristiano Jerônimo – 11.04.2021 – 7h57)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...