sábado, 7 de abril de 2018

Lavoura



Há dias
meu pai
me dizia,
 e no outro
se contradizia;
e a vida seguia.

Finalmente,
advertia
adversidades
no meio das ruas.

Respeitávamos
a ampla defesa
e o contraditório.
Os profetas solitários
faziam serestas nas luas,
churrasco e carne crua.

No meio da rua,
na porta do prédio,
Na frente de casa,
na barraca da esquina.

Lembrei que meu pai me dizia
das agruras que me advertiam.
A gente almoçava ao meio dia
e jantava cedo pois cedo se dormia.




(Cristiano Jerônimo – 07.04.2018)

sexta-feira, 6 de abril de 2018

PÁTRIA AMADA



Mesmo amargurados,
Vamos com tudo e mais um pouco
Até a loucura desse amor doído e doido.
Com seus silêncios e outros alaridos,
Que caem no colo do povo outra vez...

Não precisamos chorar.
Já derramamos rios de lágrimas,
até a chuva chegar e lavrar
com milhos, feijões e batatas.
todos numa mesma mesa.
todos com a mesma bata.
na horar do jantar.

Não esperemos
nada de ninguém
para não chorarmos
tudo por nós...

Cuidado com o nada
e o muito menos.
Quando não temos nada
do que queremos,
a vida se diz necessitada.
Salve o instinto de sobrevivência!
Com toda excrecência de séculos,
a resistência ao poder bélico
e toda a sua crueldade e violência.





(Cristiano Jerônimo – 06.04.2018)

Vamos conversar

Pela primeira vez, Vamos conversar Nossos diálogos Sem monólogos Ouvir a alma da voz Se precisar explicar Que fiquei sem saber...