quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Sete cores presentes nas coisas


Se até o mar pode ser tranqüilo

Sol, luz, chuva, melancolia

Não tem quê nem pra quê

Eu, que fui enganado por Maria

É arriscado quando a gente confia

Mais de mil chicotadas na alma

Porque o corpo estava dormente

A dor nem alcançava o pensamento

Tempos inglórios e desnecessários

Muita injustiça, no mínimo lapada

Chamaram-se todos de otários

Futuros garfos quentes na azia.

 

“Sete Marias tinha a vila dos meninos

Sete Marias dentro do sertão

Sete destinos, sete sinas

Sete caminhos para o coração” *

 

 

(Cristiano Jerônimo – 11012023)

* Sete Marias – Sá, Rodrix e Guarabira.

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

E da fé!



Há um caminho mais leve do que se levar

A vida... ensina... Bem ou mal, a sina

Embrenhada no meio do canavial

Pulando brinquedo com a menina

Fazendo da festa a nossa canção

A vida não nos dá nada para levar

Arrogantes diplomatas ocidentais

Pensam que a vida acaba nos natais

A esperança tem uma caixa só sua

Acesse a caixa da esperança. Com fé!

Para atrair todas as outras pessoas

Todos os escolhidos da Arca de Noé

(Outro se perdendo no obscuro dilúvio

Vivendo, ao certo, quem mesmo ele é).

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 10012023)

 

 

A insignificância e a majestade


Perdendo o tempo escasso olhando sempre o ocaso

Banalizando a sombra que assopra para fazer o vento

Na inconstância das realidades vividas pelos nossos eus

Porque existe caminho ou fuga para tudo a todo tempo

Eu vejo muito no infinito da vã imaginação o galáctico

Mais profundo segredo que se tem como é o Universo

A insignificância e a majestade dos poemas para pensar

Sem compromisso com a pressão social que faz o caos

De amor e violência em seus detalhes sórdidos e cruéis

Quando em todo lado estão invertidos textos de papéis

As estantes buscam por quem abra e, por fim, termine

Falta a leitura; entender a ignorância que nos é imposta

Até que a massa se emancipe e prepare nossos jovens

Para enfrentar o monstro em cordeiro, pecado capital

Dunas de todas essas consequências; bancos de areia

Era obrigado a beber todos os dias a água pura do mar

Foi um castigo dos deuses por ter vindo cá nos roubar.



(Cristiano Jerônimo - 10012022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...