Perdendo o tempo escasso olhando sempre o ocaso
Banalizando a sombra que assopra para fazer o vento
Na inconstância das realidades vividas pelos nossos eus
Porque existe caminho ou fuga para tudo a todo tempo
Eu vejo muito no infinito da vã imaginação o galáctico
Mais profundo segredo que se tem como é o Universo
A insignificância e a majestade dos poemas para pensar
Sem compromisso com a pressão social que faz o caos
De amor e violência em seus detalhes sórdidos e cruéis
Quando em todo lado estão invertidos textos de papéis
As estantes buscam por quem abra e, por fim, termine
Falta a leitura; entender a ignorância que nos é imposta
Até que a massa se emancipe e prepare nossos jovens
Para enfrentar o monstro em cordeiro, pecado capital
Dunas de todas essas consequências; bancos de areia
Era obrigado a beber todos os dias a água pura do mar
Foi um castigo dos deuses por ter vindo cá nos roubar.
(Cristiano Jerônimo - 10012022)
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