sexta-feira, 31 de agosto de 2018

MILAGRES DE FANTA



Você com essa cara de Fanta,
Laranjada em mim.

Vem como num sonho de criança,
Um alívio pra mim.

Você! Com essa flor no cabelo
Dá um pouquinho pra mim!

Nós... Temos nossas manias
No calor do sol ardente
Ou dias com as caras frias...
Tardes com as luzes reluzentes.

Linda! como as cores de um colibri,
Há néctar que te encanta em mim.

Você, com essa cara de santa!
Opere seus milagres em mim.




(Cristiano Jerônimo – 31.08.2018)

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

dois minotauros


meu coração está aberto com muitas chuvas
a emoção dispersa como as nuvens do sertão
o fígado apertado no como se fosse o coração
e o meu amor atravessado e perdido em ilusão.

minha alma de flores e fuzis é de azul anil e ferve
a Praça Vermelha está marcada de sangue até hoje.
não há nenhum lugar do Brasil que eu me engane
corro do homem mal e cuidado. Corro do seu covil.

vou dar um tempo, viajar e tentar seguir brilhando;
voltar ao fundo de mim mesmo, objetivamente,
abrir ainda mais a mente. As tais portas da percepção
e bailar no ar como um hierofante colorido e sem razão.

não é nem por mim... é que o Brasil não ajuda nem muda
cada dia um labirinto com a morte de dois minotauros
todos os dias, vejo uma mulher e uma menina barrigudas.
investindo na natalidade dos adolescentes que se rebelam
quando vivemos em círculos e não sabemos que somos otários.



(Cristiano Jerônimo – 30082018)

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Dicotomia da realidade



Tem anúncio no jornal
Pelas ruas, na televisão.
Rádio e mídia social
Tem uma visualização.

Na porta da vida paralela
Voltas ao computador
Sentada... Esperando um beijo
Esperando um like!

Entre os nano bits da automação
Terrestre, juntam os cabras da peste
Todos do lado de lá do sertão
Da cultura dos anos 1910, prece.

Dos difusos dias em ovos não nasceram,
Vingaram, pelejaram, mas não cresceram
Como há 50 anos, viajaram para o sul
Como mulheres sozinhas em campo azul.

(Numa vida digital com ideias analógicas
Por baixo de tudo que me diz conta
Até mesmo no que me desaponta
Procuro o rumo das coisas lógicas).



(Cristiano Jerônimo – 28082018)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...