quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Comportamental



De mim mesmo refém

Não tem culpa ninguém

Menino novo é neném

Quem é esse alguém?

 

Moço, digo novamente

O animal aqui é a gente

Gente que causa e mente

Física e espiritualmente.

 

Nada mais do que sofrido

O lado bom está resolvido

Medo de não ser entendido

Precisamos ter mais ouvidos.

 

A solidão então se completa

Faz caminhar por mil léguas

O bom ânimo faz a sua festa

Se for entrar, ligue a sua seta.

 

Ninguém tem mais ninguém

Propriedade não existe no além

Já me disse um anjo torto, caído

Que de tão louco e aturdido

Não percebeu o colorido.

 

Só a solidão dos barcos parados

Sempre usados quando necessário

E deixados ao mar, vento e chuva,

Como flutuantes e bem solitários


Vegetais que vivem no fundo do mar

Na terra, eu sou planta que anda 

No turbilhão das ondas quentes

Na velocidade de cem cavalos

O tempo é um príncipe gentil

Que trabalha infinitamente...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 13102022)

 

Flabelos, clarabelas e parabelos



Tudo índio...

Tudo bom.

Cigarros

E bombons.

 

Meia noite

Tem batom

Tambores

Clarabelas

Bailando

Os amores

Nos gramados

Dos jardins

Projetados

No Cinema

Na Poesia,

Baratchos.

 

É o Sertão

De Pernambuco

Na veia

Seca.

Dos olhos

Do sol

Escorre

Água.

 

No rosto

Da lua

Escura,

O eclipse

Apenas

Escondeu-a.

 

O gato de marte

Lenda da morte

Há vida por aí

Reinando bela

A vida aqui

Não é aquela.

 

 

(Cristiano Jerônimo)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...