Os sinos badalaram na ilha
Os meninos
como eu
começaram a
cantar
As pedras
deitaram no som
As baleias
e as sereias
não
quiseram ficar
Em terra,
as corujas
escureceram
os céus
e a areia
seca da praia
guardou as
pessoas de lá
Os sinos
de sais na beira mar
eram os
sinais de mágoa a se afogar
O tempo
sempre inventava o perdão
O coração matava
o ódio com amor
A dor não
alimentava a vingança
Nada
contaminava nossas crianças
Que,
adultas, iriam curar a sua dor.
(Cristiano
Jerônimo – 24.092025)