Dos anjos mórbidos, dos querubins e dos aléns
Dos fantasmas que habitavam os velhos trens
Eu me desiludi e busquei a quebra dos trilhos
Eu vi a morte vestida de vermelhos espartilhos
Senti a espada da iniquidade chamando pra dançar
Com cadáveres falidos numa procissão de mortos
Com seu fúnebre navio ancorado em outros portos
Nadando nas negras escrituras dos piratas medievais
Eles não ocupavam os cemitérios contidos no planeta
Não deixavam rastros nem depois de sangrarem a sós
Porque as embarcações sombrias navegam à noite
E se camuflavam de aguardente de rum durante o dia.
(Cristiano Jerônimo) – 24.09.2025
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