quinta-feira, 11 de julho de 2019

Datilografo




Digito o vento
Sopro o tempo
Sinto a ternura
Em teus olhos
Se me lembro,
Castanho olhar.
Datilografo
Sonhos
E emoções
Que não querem
Ser enxergadas
Como incógnitas
Segredos do mar.


(Cristiano Jerônimo – 11072019)

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Soneto extenso


É muita felicidade para tanta tristeza
E tanta falsidade a estragar a beleza
É tanta saudade para pouca distância
Não é nem questão de bem querência.

Mesmo dentro do cerne das essências
Não há garantia de que isso vá resolver
O homem pega, morre, mata por dinheiro
E ainda pensam que são mais do que você.

É muito peixe nadando com pouca ração
Muito leite derramando em pleno sertão
Com água escondida nos belos aquíferos
Com a solução da vida lá no subterrâneo.

Eu não mais me engano, a seca é a solução
Que os homens nos oferecem pelos votos
Com esquemas de política todos tortos
A oposição vai tocar fogo nesta situação.

Eu não quero sacos de cimento e tijolos
Eu não quero mais vocês aqui na porta
A sociedade está quase que toda morta
Para comemorar tudo, distribuir bolos.

terça-feira, 9 de julho de 2019

Confins da vida


Tem nada não
Amanhã
Eu planto
O meu feijão.
Eu trabalho
semeio e colho
O dono
Com a barba
De molho
Não olhou
Para o peão.
Tem nada não
Um dia eu saio
Dessa terra
Outra dimensão
Outra era
A felicidade
Me espera
Nos jardins
Da rosa mística
Expulsando a fera
E colocando-a
em seus confins
com as suas ilusões.


(Cristiano Jerônimo – 09072019)


Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...