quarta-feira, 14 de novembro de 2018

U-Matic e Betamax


Eu vendo um DVD
Pra quê? Discos...
Também um HD
Mesmo porque
Nuvens não morrem
Como o curso dos rios
A comodidade das pontes
Nos videocassetes e K-7s.
Os meus disquetes...
Ter que ‘arjiar’.

U-Matic, Betamax,
VHS, Betacam, Super-V.
Nas fitas que gravei
Numa delas estava você
Nos lugares onde fomos
A outros cantos também
Hoje você já voou
E eu criei asas.

Gosto mesmo é de beber
Água da torneira;
Eu quero mesmo
Que tudo seja besteira.
Ser o que sou
E não ser quem eu vejo
A cada esquina, um beijo
A cada etapa, um novo tapa
A cada noite, um dia diferente
A cada passo, uma nova marca.
É infinita essa estrada.
Estamos nela... indo em frente.
Às vezes, sucumbindo.
Mas o rosto sempre sorrindo
Verdadeiro. Não aqueles toscos
Das paredes das redes sociais.




(Cristiano Jerônimo – 13.11.2018)

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Entre as espadas



Vacila entre o novo
E o futuro invisível
Torna-se desprezível
Não agita + o povo.

Escolhe o sal do meio
Mas não conserva amor
Não, não existe o feio
Não, não é real a dor.

Tens aborrecimentos
Vida corrida para assar
Para comer os proventos
Enquanto não sai do lugar.

Se “o novo sempre vem”,
Vamos de encontro a ele
Vamos trilhar como trens
Com altos longos cabelos.

Pele e pelos eriçam-se assim
Como a condição do cheiro
Tuas ancas vestidas de jasmim
E eu me entregando por inteiro.

Esquece o noticiário.



(Cristiano Jerônimo – 12.11.2018 – Recife | PE)

Vamos conversar

Pela primeira vez, Vamos conversar Nossos diálogos Sem monólogos Ouvir a alma da voz Se precisar explicar Que fiquei sem saber...