segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Entre as espadas



Vacila entre o novo
E o futuro invisível
Torna-se desprezível
Não agita + o povo.

Escolhe o sal do meio
Mas não conserva amor
Não, não existe o feio
Não, não é real a dor.

Tens aborrecimentos
Vida corrida para assar
Para comer os proventos
Enquanto não sai do lugar.

Se “o novo sempre vem”,
Vamos de encontro a ele
Vamos trilhar como trens
Com altos longos cabelos.

Pele e pelos eriçam-se assim
Como a condição do cheiro
Tuas ancas vestidas de jasmim
E eu me entregando por inteiro.

Esquece o noticiário.



(Cristiano Jerônimo – 12.11.2018 – Recife | PE)

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