Preciso arrematar
E não tenho gasolina.
Vou fazer voo forçado
Daqueles de adrenalina
Porque cada um sofre
Do jeito que a lapada vem.
Eu não sorri na guerra
Nem nas garras da ignorância.
É o que vem desde infância
É o que no momento ainda tem.
Carro de corrida
Nunca foi carroça de burro
Ou carro de boi.
Homem que não tem seu jumento
Num vai pra cidade à noite.
Quem sofre de nervo,
Não passa noite acordado.
Quem vive com medo,
Amanhece assustado.
Preciso beber água
E tenho sede
Preciso descansar
Não tenho rede
Apenas três moedas
De ouro escondidas
Negócio de valor
Que vale uma vida
Mas quando é visto o macro
Esconde-se o mais fraco?
(Cristiano Jerônimo – 27092018)