No dia em que a fantasia
Tornou-se uma crença real
Corpos se desequilibraram
Mentes assustadas com o mal.
O mal que cada um construiu
E é responsável pela colheita
O bem, que não conta, invisível
E a vida que vem sem receita.
Não imagine coisas tão sérias
Nem acuse o que nunca existiu
A fragilidade ao fogo da matéria
Na casa que simplesmente ruiu.
No longo caminho da trajetória
O passado ficou lá inanimado
Tempos tão presentes no futuro
Especulações com o teu passado.
Quebre um retrovisor do carro
Para não olhar tanto para trás
Passado morto e bem enterrado
Coisa que não se repetiu jamais.
O homem foi acusado de trair
Apedrejado com a cabeça de fora
O lembrar de tempos de outrora
Não leva ao rumo de prosseguir.
(Cristiano
Jerônimo – 01042022 – Taubaté-SP)