sexta-feira, 1 de abril de 2022

Ao tempo de progredir


No dia em que a fantasia

Tornou-se uma crença real

Corpos se desequilibraram

Mentes assustadas com o mal.

 

O mal que cada um construiu

E é responsável pela colheita

O bem, que não conta, invisível

E a vida que vem sem receita.

 

Não imagine coisas tão sérias

Nem acuse o que nunca existiu

A fragilidade ao fogo da matéria

Na casa que simplesmente ruiu.

 

No longo caminho da trajetória

O passado ficou lá inanimado

Tempos tão presentes no futuro

Especulações com o teu passado.

 

Quebre um retrovisor do carro

Para não olhar tanto para trás

Passado morto e bem enterrado

Coisa que não se repetiu jamais.

 

O homem foi acusado de trair

Apedrejado com a cabeça de fora

O lembrar de tempos de outrora

Não leva ao rumo de prosseguir.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 01042022 – Taubaté-SP)

 

segunda-feira, 28 de março de 2022

A vida pelos mares


Procurando o tempo

Próximo ao exato

Vendo o vento

De forma rápida

Tem sempre

Uma isca na frente

Com um apelo fatal

De seguir e seguir

Sem saber aonde ir

Eles vão, vão em vão

Parece ser do coração

Quem procura tempo

Acha encruzilhadas

Quem vai com o vento

Com as mãos aladas

Vai prosseguir com fé

Remar contra a maré

A favor dos sete ventos

Nas procelas das agruras

No gargalhar dos piratas

Na alegria dos cruzeiros

Soltos no mar a seguir

A nossa boa intuição

Ouvir a voz do coração

Entender daquilo que ri

Do porto onde vai ancorar.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 28032022)

Algum paradoxo

Só sonha quem tem fé Só chega quando anda Olhar só da varanda Não gasta a sola do pé Ser sempre muito forte Não contar com a sor...