Eu vim de lá
do lado de lá
e se vim pra cá
eu devo saber.
Sei bem confiar
na força maior
se eu vim pra cá
podia ter algo pior.
Aqui de passageiro
olhando ser humano
se vendo no espelho
desfazendo engano.
Sou fruto da terra
minha semente
nunca encerra,
eu vou na frente.
Às vezes dá saco
com tudo que há;
Noutras eu paro,
Amo para pensar.
Pensamento cria
segue a intuição;
quando vê o dia
vai-se a escuridão.
Caminhos vastos
não fazem temer
poeira nem pastos;
me fazem crescer.
Como onça na serra
Como bode perdido
Como águia da terra
Posso ser escolhido.
Meu caminho leve
não tem um preço
correnteza carregue
o que não mereço.
Lavo a alma novamente
Refresco meu eu no sol
Faço o sentido ter calma
Sozinho desato o meu nó.
As minhas companhias
são definidas por mim
Embora quem confia
Vai saber dizer um sim.
Mas não 'dependo' mais
de mim nem dos outros;
Só esse vício contumaz
Anotar versos em blocos.
Tentar dizer repetindo
apadrinhando o mundo
e sofrendo como a mãe
desolada e esperançosa.
Não existe luz preguiçosa
Nem vento que vente em vão
Nem cometa que passe errado
Nem inverno na seca do sertão.
Paranormal sem querer ser
Buscando os sentidos do saber
Se vai no fundo de si entender
Para usar e fazer ajudar crescer.
Tudo com complexos seres mortais
O Cosmo emana aquilo que precisa
Cabível que se aprenda muito mais
E ainda saberemos pouco desta vida.
(Cristiano Jerônimo - 01.06.2021)
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