quarta-feira, 2 de junho de 2021

Ato contínuo...



Eu vim de lá

do lado de lá

e se vim pra cá

eu devo saber.


Sei bem confiar

na força maior

se eu vim pra cá

podia ter algo pior.


Aqui de passageiro

olhando ser humano

se vendo no espelho

desfazendo engano.


Sou fruto da terra

minha semente

nunca encerra,

eu vou na frente.


Às vezes dá saco

com tudo que há;

Noutras eu paro,

Amo para pensar.


Pensamento cria

segue a intuição;

quando vê o dia

vai-se a escuridão.


Caminhos vastos

não fazem temer

poeira nem pastos;

me fazem crescer.


Como onça na serra

Como bode perdido

Como águia da terra

Posso ser escolhido.


Meu caminho leve

não tem um preço

correnteza carregue

o que não mereço.


Lavo a alma novamente

Refresco meu eu no sol

Faço o sentido ter calma

Sozinho desato o meu nó.


As minhas companhias

são definidas por mim

Embora quem confia

Vai saber dizer um sim.


Mas não 'dependo' mais

de mim nem dos outros;

Só esse vício contumaz

Anotar versos em blocos.


Tentar dizer repetindo

apadrinhando o mundo

e sofrendo como a mãe

desolada e esperançosa.


Não existe luz preguiçosa

Nem vento que vente em vão

Nem cometa que passe errado

Nem inverno na seca do sertão.


Paranormal sem querer ser

Buscando os sentidos do saber

Se vai no fundo de si entender

Para usar e fazer ajudar crescer.


Tudo com complexos seres mortais

O Cosmo emana aquilo que precisa

Cabível que se aprenda muito mais

E ainda saberemos pouco desta vida.




(Cristiano Jerônimo - 01.06.2021)

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