sexta-feira, 1 de julho de 2022

Moeda


Eu sou da terra dos yang’s

Velejo pelo misterioso mar

O sertão não tem mais água

Nem mais ninguém para regar

O fogo molda o lado do tempo

Líquido vivo que corre na grota

O fogo se alastra com o vento

Queima as solas das minhas botas

A fotossíntese foi programada

Para não dar trabalho a ninguém

A estrutura é toda automática

Contudo, tratada com desdém

Eu estou em território dos in’s

A equilibrar minhas antíteses

Que não têm meio nem fim

Rígidas como as marquises.

 

[Passei... Passsei por lá

Tava quente, calor de lascar

No outro lado,

a neblina e o frio

foram agasalhar].

 

(Cristiano Jerônimo – 01072022) 

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