Não fui de barco
Fui de avião...
Terra, água e fogo
Voar não é em vão
Seu tênis com o meu sapato
No mais agudo da neblina
O teu sorriso de menina
Aquecendo o meu frio devagar
Depois, aquela estação de trem
Com tantos caminhos nos trilhos
Dormentes em enumeradas direções
Discretos tomamos café da manhã
Fazendo isso todos os dias da vida
Dormiremos em travesseiros de lã
Com almofadas de algodão virgem
No chão da mata fechada e úmida
Macio e cheiroso, uma real vertigem.
(Cristiano Jerônimo - 27062022)
Nenhum comentário:
Postar um comentário