segunda-feira, 16 de junho de 2025

Corações sempre alados


As almas que me resgataram

E tantas outras que eu resgatei

Fazem parte da minha essência

São dos propósitos que plantei

Nesta vida, especial e indelével

O rosto da pessoa que é ilegível,

Incógnita para Lévinas decifrar

Esse humanismo da era espacial

E essa ética na mística do dinheiro.

 

Contemplo as estrelas cadentes

Do céu dos meus olhos fechados

Constelações e sóis dentro de mim

Eu vejo quando escuto calado

E escuto quando calo para ver

O essencial está na irrealidade

A matéria é um trampolim alado

A alma é a partida e a chegada

Eu fico me olhando, aqui ao lado

Somos corações com pernas aladas.


 

(Cristiano Jerônimo – 16.06.2025)

Um comentário:

Ainda que seque, há esperança

            I Tem mais céu no alto da serra Mais estrelas no azul cósmico Douradas num chão estrelado Riscados sobre o branco papel ...