Porque sou
poeta e amo a excentricidade
De umas
coisas que a outros não convém
Ando muito
a incorrer na hostilidade
Dos mil
cretinos que essa cidade tem.
Já as
mulheres, que pena, e é verdade
Algumas delas
detestam-me também
É que dou carinho, mas na realidade
Não
enfeito o pandeiro de ninguém.
Decerto
que não sou nenhum portento
Mas sei
que tenho um pouco de talento
E louvo a
Deus que altivo assim me fez.
Vós, se me
odiais por minhas mil venetas,
Deixai-me
em paz com minhas costeletas
Meu bigodinho
e o meu sorriso tão cortês.
(Cristiano
Jerônimo – 1994)
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