segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Chão de Estrelas



Aquele anjinho bateu as asas

Percorreu os seus caminhos

Que não os mais sacrificavam

Que não mais lhe davam ninho

Questão dele não mais suportar

A impotência e o tempo a correr

O alado Ícaro com medo de voar.

 

Se eu fui e voltei, eu volto de novo

Outra vez uma dose de maturidade

A ciência que movimenta a cidade

Difere da que vem das minhas raízes

Quando somos altas e belas árvores

Não gostamos do frio das marquises

Inalamos o ar que vem da fotossíntese

Sem a qual as estrelas jamais viveriam

Simplesmente porque não as veríamos.

 

Outro novo endereço eu não sei onde é

O calor tão frio das máquinas consome

Tanto seja a mulher, quanto o homem

Eu também sou um palhaço de um circo

                                                       sem futuro

Só não faço mel; as abelhas não dão a receita

Tem um monte de coisas que eu não faço

E uma toneladas de outras nas quais mergulho

Aprendi a não valorizar o nosso orgulho

Desatei desta vida destemida vários laços.

 

Sei que cavalos passam selados; já montei

Cavalos selados sempre passam na estrada

É disto da vida que quer se dizer o melhor

Para que todos tenham as antenas ligadas

Longe do escuro, com uma luz bem maior

Às vezes o cavalo sou se tiver um ar equino

O meu leite é o melhor; e vendo tanto couro

Meus filhos, os meninos, meu maior tesouro

São pertencentes a este novo prisma de olhar

Da tecnologia a favor do agricultor e dos robôs 

Da tecnologia dominando as terras recompostas.

 

*No Sertão – com um pouco de esterco de gado, terra arada, um fertilizante sadio, telas e estufas –, associado à oferta de água, qualquer cultura é viável nas terras do sertão, mesmo que haja lugares inóspitos para o plantio, assim como excelentes áreas planas e de baixio para os cultivos. #desalinizeaagua

 

Cristiano Jerônimo - Janeiro de 2020

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