terça-feira, 10 de agosto de 2021

Terra árida, vida ávida


Essa fera que se forma

Já vem de outras eras

Traz em si uma norma

Não corre de outras feras.

 

Essa vida muito ávida

Minha terra muito árida

Tudo o que me falta é água

Para dar certo o meu sertão.

 

Fomos, saímos, mas ficamos;

Nossos sonhos aumentando

Num mundo de muito chão

Escrever no mundo cantando.

 

Viva o poeta da feira e da rua

Ele fala da alma e de coisas amenas

Vejo a sua luta, o prazer de ser, apenas

E fazer deste dia, o dia da original glória.

 

Aqueles que escreveram história

Os mesmos que pularam o muro

Residem lá no escuro do chão duro

Os que ficaram comeram a hóstia.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo Valeriano – 10082021)

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