sexta-feira, 13 de agosto de 2021

O príncipe amontado


A verdade é que não há nada demais

No que existe por trás do encantado

Esses dragões de fogo são forjados

No mundo que precisa ser mudado.

 

De seres mesquinhos e os outros lá fora

O asfalto leva à pista de novos caminhos

Estrada... Não canso de andar... Na hora

A mentira é que não houve carinhos.

 

As rodas de cores e as flores vermelhas

Num bordado de renda tão mágico

Como teias de aranhas e casa de abelhas

Seria tudo cômico se não fosse trágico.

 

O príncipe transformou a guerra em paz

Pra nunca mais ver tudo aquilo de novo

Sua vida não digeria tantos estorvos

E nós não daria o que não somos.

 

É muito fácil desviar por algum caminho

O olhar do sniper diz tudo até o gatilho

Pólvora queimada não tem perdão ou motivo

Bala trocada também, porque não perde ninguém.

 


E os caramelos da infância dos lagartos

Os meus alvos, meus caros advogados,

Junto com víboras velhas de gabinetes

Não me deixem enclausurado ou cansado.

 

Não conte a ninguém,

Que o meu exército

Sofreu uma grande baixa

E é melhor eu seguir em paz,

Antes que a vida nos mate.

 

Não sabia que era a própria vida

Que matava naquelas batalhas

Cruéis e impiedosas entre humanos;

Entre eternos desumanos impérios.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 13082021)

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