Nessa ancoragem, eu quero ficar no porto do sol
Atravessar de volta os mares agitados das ondas
Pois o mar inventou um caminho de ida e volta
E criou os portos para o barco ancorar a corda.
O problema é que eu não creio no que ouço
O que as pessoas dizem nada importa, é vil
Eu só consigo ler o que está nas entrelinhas
A verdadeira verdade reside reside na percepção
Assim, ouço gestos e sentimentos, e sinto então.
Existem três verdades: a que fala, a de que(m) se fala
E a legítima, que pode não ser nenhuma das três;
Social slides que transpõem falácias e sofismas
Revelados por trás de um simples porta de revistas.
Tá todo mundo fodido mesmo e mal pago
A ilusão é o que permeia os rumos da humanidade
Mas o Universo quebra frestas de luz para nós
Porque lá do alto alguém escuta a nossa voz.
Quando cem mosquitos pousam na lâmpada
A escuridão ofusca o brilho e a energia elétrica
Eu que só busco as entrelinhas fico meio triste
E, ao mesmo tempo, feliz por buscar a verdade.
(Cristiano Jerônimo – 10082021)
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