domingo, 18 de maio de 2008

Necessárias


Certezas são noites escuras sem insônias;
São acertos bem feitos de coisas errôneas;
São rios caudalosos em correntes ao mar
Nos dias mais felizes das tardes tristonhas!

Dúvidas são crises parcas de meros egoísmos
Quando temos que optar entre nós e o altruísmo;
São açudes que enchem para um dia secar
Nos invernos mais escuros que os eclipses...

Verdades são coisas elucidadas em momentos;
Atualizadas pelos inquietos e toscos sentimentos
Que nos servem muitas vezes de algum alento
Quando, não em vão, tentamos nos encontrar...

Mentiras são coisas reticentes necessárias
Quando, por razões óbvias, queremos preservar.
São coisas erradas que fazem bem e vice-versa
Motivos de muitas conversas em ondas no mar.

Coragem é a capacidade de assumir nossos erros;
De sermos humildes perante também aos acertos
Nos períodos de luto ou nos tríduos momescos;
Na hora em que tudo diz que é para a gente parar...

Covardia é se esconder da verdade mais latente.
É abrir mão, diariamente, de sermos mais gente.
Como é essa capacidade de ocultar o indigente
Que somos obrigados no espelho a todo dia olhar!

Um comentário:

  1. de tantos versos - dedicados ou não-, de tantas palavras -arrumadas milimetricamente ou jogadas ao universo-, esses e essas de necessárias têm uma marca expressiva. Um beijo!

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