terça-feira, 26 de dezembro de 2017

JOGA FORA


Ela não ria; chorava.
Sempre se deprecia
Com fragilidade
E medo...
Contou pra todo mundo
Seu segredo;
Viu a falsa vida
Lhe pulsar na veia
Como o próprio canto
Que mais lembra uma sereia
Que se afoga num mar
De loucuras, devaneios,
Com a vida sem freios.
A doença peristáltica do ser.
A vontade de não querer
E loucamente desejar...
E de tanto querer,
E querer tanto ter,
Sem ao menos dialogar.

Este não é um poema de amor.




(Cristiano Jerônimo)

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