sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

O Azul do Infinito



(Cristiano Jerônimo | Lula Côrtes)

O escuro azul, tão bonito
da abóboda estrelada...
contendo em si sóis incontáveis
Pulsa calado e vivo
Em seu mistério eterno...

De uma indecifrável solidão
Intergaláctica...
No amedrontador
Da mais exata geometria,
Na qual, estrelas, explosões
E planetas no absurdo mapa.

Sugere aos olhos
Dos homens curiosos
Um vazio maior
Que o mais vazio da alma...

E por milênios incontáveis
De incontáveis eras...
Na inimaginável constância
Da expansão eterna...
Os pobres de espírito,
Diante do infinito,
Implodem aturdidos
E se resumem à terra!


(Calheitas - 1993)

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