sábado, 27 de abril de 2019

O lado punk da calma



Partilho poderes orientais
Sigo na trilha, em matagais;
O mágico que erra
Em pleno o espetáculo
Não ressurge nunca mais.

O homem que é mal
Manda mas não tem paz
Usa de tirania capataz
Mata e morre por dinheiro.

Quem tira carteira de médico
Não escolhe o tamanho da urgência
Da rajada violenta da excrecência.

Nesta mesma cadência, ignoro pois sei
Com um bom uso da minha inteligência
As motocicletas do globo não podem cair
As notícias do dia não mais acompanharei
Os tempos e os ares que me levam a partir
Viver e conhecer o sabor de outros lugares.

Sou índio e caboclo nesta capital ovóide
Sou holandês, português, filho do campo,
Tenho sangue nobre lá pro lado de Aruanda
O tesouro mais querido em que se pode
Acreditar está naquilo em que amamos.
Pele é coração que pulsa!


* Sou filho e neto de agricultor; sou camponês. Amo motocicletas.



(Cristiano Jerônimo – 27042019)

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