Porque não sou assim
Até riem de mim.
Um sufoco da porra
Para ter um pouco de paz.
Nas avenidas, os sinais
Eu não quero ir por aí.
Podem rir mesmo de mim
Que tá tranquilo
Tá de boa
Tá favorável!
Por incrível que pareça,
Eu não sou assim um
estigma
Apenas valorizo meu
paradigma
Eu não nasci para ser robô
Espero só o CO² desse
motor.
Podem rir mesmo de mim
Que tá tranquilo
Tá de boa
Tá favorável!
Você que não me conhece
E nem conhece ela
Não venha nos julgar
Orando as suas preces
Que, muitas vezes,
Não levam a nenhum lugar
Eu me sinto muito e
sorrio
Queria ser um homem frio
Talvez pudesse te
enganar
Como faz quase todo
mundo
Você viria num segundo
Com um rótulo para
marcar.
Podem rir de mim assim
mesmo
Que tá tranquilo
Tá de boa
Tá favorável!
Marca de ferrão de boi
Um preconceito dura
Para o resto da vida
Marcado no gado
Humano e raso
Sujeito a tudo
O que é proposto
Rótulo não tem rosto
E estigma não tem razão
Povo novo, povo pobre
Povo nobre, nosso povo
Sem voz, nem nada de
novo.
(Cristiano Jerônimo –
05122019)
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