Um
dia por vez ensina que a vida pode ajudar a nos ensinar muita coisa. A nova peste
nos pegou de calças muito curtas e a morte do corpo ronda o terreno dos nossas lares
pelo mundo afora. Sitiados na bênção do aprender, entender e sentir, as coisas
boas começam a existir, a gente começa a aprender a ouvir os sons mais baixos
que emanam dos grotões, das falésias e do céu vitrificado dos gases dos balões.
Como a fêmea, que em atitude inata pôs seus ovos, defendeu e alimentou seus
filhotes, que aprenderam a voar. Mesmo que algum deles viva, inocentemente,
preso numa gaiola. Piedade! Não podemos ainda deixar de prestar atenção na
pancada do som das pegadas das formigas, que trabalham incessantemente para no
inverno descansar e morrer outra vez. A vida é assim, neste sentido.
(Jerônimo - 200520)
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