Testemunhei e não confessei
O amigo
padre não me condenou
Confessei
o que não testemunhei
E agora eu
sei do que se é capaz.
Neste paraíso onde
estou.
A lapada
da espoleta
Queima pólvora
e vira arma
Contra todos
e contra índios
Contraindicados
contra nós.
Como criança, eu mesmo vou.
No
rouxinol de Carminha,
No fogo de
lenha e carvão
Café para
coar e viver feliz
Com o
compasso do coração.
Caipira e matuto é
pouco.
O homem do
mundo
Não está
nem aí
Vê que há
caminho
Que resolve
seguir.
Lá lá lá! Lá lá lá! Lá
lá lá!
A vida
espera chuva
A terra
vive da água
Rasa ou
profunda
As raízes me
tragam.
E um pouco de atenção e
riso.
Momentos
raros
Mas tão
contínuos
Em um só,
vários
Estão contidos.
A comunhão liberta.
(Cristiano Jerônimo –
15072021)
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