segunda-feira, 5 de julho de 2021

Jardim de estação (Cheias de amor)

 


Se eu olhar para o amanhã e vir

Eu vou contigo para lá buscar

O que for mais puro para você

O que te faça feliz e prosperar.

 

Se olho para ontem, eu não mudo nada

As curvas são minhas. Não da estrada

Porque o inverno é uma estação

Que sempre pode ser ainda mais gelada.

 

                        Nem água, nem chão

                        Nem fogo ou ventania

                        As tempestades são

                        Violentas carícias

                        À terra, aos ventos,



Com alma de furacão

Como o que não vemos

Não conhecemos de nada

Da cidade, vai saber da vida.

                                Vai saber da vida...


Por isso, pegue em minha mão

E deixe que eu te esquente

No meu caloroso coração

No nosso lugar tão fielmente.


No frio, eu te aqueço

No sol, me faço água

À noite te agasalho

De dia te acompanho

À noite estamos em casa.


Não invente de cortar cebolas

Com os olhos bem abertos e em cima

Não invente. A invenção do amor

Está projetada e consolidada

No jardim das helicônias

E das bromélias atlânticas.


O nascer das roseiras

Mostra o quanto é possível

Perpetuar uma espécie

Que agora nasce

Que agora cresce

Com os olhinhos

E as folhinhas vivas

Cheias de Amor.


(Cristiano Jerônimo – 05072021)

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