terça-feira, 24 de agosto de 2021

Alado para além das gaiolas



Desconfie de quem vive amoitado

Falando a verdade do outro lado

Confie no muito, no pouco também

Acredite no hoje e no que há mais além.

 

Quem se esquece demais fica só

Quem tem garganta sente o nó

Do abandono que assola o país

Etecetera, no passo de aprendiz.

 

De uma escola encantada

Tapumada por uma estrada

Ligada à imensidão da luz

Só não voa quem não quer

Só não anda quem não vai.

 

Quem muito se levanta, cai

Saber ficar entre os primeiros

Perder voltando como vai

Sem regar as flores do canteiro.

 

Só quero saber do que me interessa

E pouco importa se interessa muito

Eu nasci desamarrado e ainda vou voar

Eu nasci alado para além das gaiolas

Que prendem, que impedem de planar.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 24082021) 


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