Relógios parados também andam
Os tempos
incertos dos que amam
O
inexorável tempo de desamarrar
De subir
para ver coisas lá de cima
Mais
andares e alimentos, dinheiro
Falso
alívio da libertação das coisas
Do rico que
era pobre e permaneceu
Também do
negro que vivia branco
Do
opressor que fora tão oprimido
Da culpa e
cumplicidades permitidas
O intrigante
complexo de colonizados
O globo com
um povo tão generalizado
Igrejas
sórdidas vilipendiam dinheiro
Ao iludir os
pobres, os ricos e burgueses
Alastram-se
nas esquinas do retrocesso
Há de se
precisar, em todo o processo,
Neste
choque, conversam noutro lugar
Um terceiro
espaço-tempo tal o híbrido
Procurando
o seu melhor em si amigo
Escrevendo
no chat da tela da terapia
Explorando
uma sensação que é vazia
Pelo
relógio, cada segundo conta um dia
Os robôs e
as máquinas cantam e dançam
Não há
pecados em cima nem em baixo
Apenas o
som grave da nossa monotonia
E os
festejos anuais que trazem a alegria.
(Cristiano
Jerônimo – 29112021 – Taubaté/SP)
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