quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Sinal de devoção (ao vivo)



Toda vez que eu vejo um pedante

Eu troco de calçada num instante

Humilhar não é digno de humano

Julgará o Soberano assim consoante

Que aquele que por doravante

Atingir seu semelhante

Saberá que, muito antes,

Tudo para ele voltará

Nos tempos de coletar

Onde não dá para plantar

Nas árvores vivas, saudáveis,

Na floresta reside o homem

Com o próprio ato canibal

De que o morto não é vivo

Gente se devora como canibais

Num sinal de devoção ao vivo.

 

 

(Cristiano Jerônimo – 24112021)

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