quarta-feira, 13 de abril de 2022

Estado de espírito


A não ser o poema que não escrevi

Estás nas linhas e nas entrelinhas

No justo ponto cruzado do globo

Tabuleiro de xadrez, mestre do jogo.

 

Vai tirar as cercas do que é livre

Ressarcir aos donos desta terra

Com a marcha e seu povo de raiz

(Todos os hominídeos têm nariz).

 

Farejadores burgueses e ferozes

A burguesia é estado de espírito

Por dinheiro esta guerra existe

Na cidade só se ouve o grito.

 

Escrevas ao teu contemporâneo

E deixas tuas marcas ancestrais

Muda-te o tamanho do crânio

Mas não muda os teus ideias.

 

A canção te pede apenas a paz

Melodia suave e entre plantas

Lembra daquela criança mito

Que ascendeu todas as santas...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 13042022)

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