terça-feira, 24 de maio de 2022

Máquinas de homens


Eu também tenho seus medos

Também não guardo segredos

Escrevo para me libertar e leio

Leio para ser aprovado na vida

Esta escola que nos é oferecida

Vai nos dar todas as alternativas

Até o sonho de não sermos nada

Que amansa quando vê lambança

O colonizador dentro do colonizado

O oprimido querendo o outro lado

É difícil se perceber sujeito de si

Peça do xadrez social e crenças

A face da independência parada

Passou a aprisionar ao consumo

Sem se importar com qual o rumo

Dinheiro, bala, pólvora e valentia

Acontecem à noite, morrem de dia

São homens que comem homens

Máquinas com vozes de máquina

Voraz apetite que não se acaba...

 

 

(Cristiano Jerônimo – 24052022)

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