Exercício de perdoar

Às vezes se esquece um jardim Só porque ele é só um jardim....... Plantas que ornamentam sua casa Flores que te sorriem na solidão Testemunham passos tão em falsos E sem coragem de subir para a visão. Na moleira, o sol evapora no verão Nas vezes em que se vê o leito d’água Nascendo de si mesmo para dar vida Às vidas que lhe mancham com feridas As bolas nos olhos que dizem se vê Uma criança é uma esperança a viver Viver adulto no tambor dessa estrada Com a sua luz e, assim, se faz iluminada. Seja alto, seja curto o tempo da viagem Vão ver o estrago da seca e das estiagens Chuvas nas tormentas, vulcões e furacões A terra está ocupada se auto limpando Modificando aquele tão viável bioma Tanto nos moldes quanto nos ninhos Em gestos que lembram o carinho O carinho da empatia com o próximo E o exercício diário de poder perdoar-se E depois aprender também a perdoar. (Cristiano Jerônimo – 28.02.2023)