sexta-feira, 24 de março de 2023

De gosto e de água


O mar e a lua, e Iemanjá

Eu sou de origem de caboclo
Sete flechas para me salvar
Muito escrevem do belo mar
Meu sertão com a água cara
Não tem ninguém para aguar
Tem chupa-cabra pra sangrar.


Com a alma fechada, Iemanjá
Em engano, eu não sirvo pra ti
Parece que desaprendi a te amar
Tanto, tanto que um dia eu insisti
Aprendi um dia a matar o mal
De raiva, de reza e de perdões

Com os fantasmas escurecidos

Imaginei tudo o que significava

Do gosto, da água e dos amigos.


(Cristiano Jerônimo – 24032023)

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