sexta-feira, 14 de julho de 2017

Simbólica queda do boi


De vez em quando,
Karla sai do normal.
O seu lindo encanto,
Fuga p’outro canto.
E, em meio, aos desencantos,
De alegrias, ela sorri e chora.
Depois volta tudo ao mesmo ponto
E, mesmo que ela não esteja pronta,
Karla mantém o cartaz em toda a cidade
Karla esquece numa velocidade...
Karla!
Fica aqui na paz sem neuroses e fobias
Na verdade, isso faz parte do destino dos teus dias;
Transformar remédio em veneno,
Suportado porque o norte é glacial.
Este é um conselho dado;
O próximo será cobrado.
Consultoria da nossa vida espiritual.
- Karla, vai no Centro Espírita, se cuida!
“Não existe nada depois da morte” –
Se escuta da querida e muito doida criatura.
Mas uma coisa é certa e verdadeira,
Ninguém viverá durante a vida inteira.
E o tempo é curto para amar e olhar.
Para dar para o outro um pouco das nossas besteiras.
- Besteira, meu irmão!
- Não sei mais quem é homem de bem.
- Aparecem mais de 200 cordas de ladrões.
Vamos voar, morar no ar, correr o campo
Com cheiro de mato, e um bezerro engordado,
Lembrando a simbólica queda do boi.
Na cocheira da lembrança de um beira-rio
Na cachoeira do Capibaribe, queria me banhar.
Karla é da fazenda. Vive e trabalha lá.


(Cristiano Jerônimo)


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