quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

DÁFINI E TATY



Dáfini olha estrelas
E não vê o sol...
Taty é gente tão boa,
Mas não se vira só...

E a idade que bateu
em sua porta...
Deu saudades
De abrir essas comportas.

(De represas infindáveis)

E brincar de ser feliz.
E sonhar em ser
O que nunca quis
Pelo ser ou não ter...

Dáfini, um dia,
Foi à mata e deslumbrou-se
Quase se perdeu,
Quase se encontrou.

Como Taty, vivia
O autovampirismo,
Ia sempre ao abismo;
Gostava de se arriscar.

Mas a idade bateu
E, aos trinta, ela tinha 17.
Nunca ouviu uma fita K7;
Procura espaço pra voar.


(Cristiano Jerônimo – 28.02.2018 | Recife | PE | Brazil)

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