quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Ordem Disciplinar



Me olharam de banda
quando conversei
com mendigos amigos
do bairro onde eu moro.
E ainda acusaram outros
De posicionamentos fascistas.

Viram-na triste e saíram sem falar
Ela só queria um sorriso e retribuir
Mas a força do preconceito estúpido
Os fez olhar de banda e então sumir.

O menino fedido e mal encarado
Assustou as duas moças no São Luís
Ele e sua cola ficaram assustados
Correram para o lado e, por um triz,
Correram o risco de não serem mais felizes.

Colírio de madeira de Apurãs,
Limpa a sua vista e torna as agruras sãs

Dispa-se de todo o preconceito
Dos pequenos estigmas criados
Como armas nucleares de destruição
Da fauna e da flora, e dos seres humanos.

É o que chamam de morte e guerra civil
O próximo registro cartorial
É aquela certidão de óbito
De uma vida vil, no cerne mal de abril.
Até que pinta a oportunidade
Quando nós não tentamos escapar
Exercitamos a proteção dos bons
Saudamos à Virgem Maria,
Nossa Senhora da Conceição
E Maria do Carmo, Carminha...
Nossa santa padroeira do Recife.

Tomo Santo Daime na plantação
De Mariri e Chacrona, 
Força e Luz!
O jagube e a Rainha
Nos conduzem
Para que olhemos por outro
Prisma a nossa existência.
A nossa boa visão é para ter o pé no chão
E na água corrente daquele riacho agitado
Descendo pela cachoeira, um banho gelado
Eu me procuro e melhor, eu me acho.

A proteção e a limpeza
Das entranhas da alma e do corpo,
O Daime é extra-sensorial.
É da ordem dos espíritos,
Do contato consigo mesmo,
Baseado em Jesus Cristo,
Maria,
E a sua Ordem Disciplinar
Com todas as regras para tomar.
Agradecer aos Incas,
Padrinho Sebastião
E Todo o Espírito Santo.
Com muita Força e Luz!


(Cristiano Jerônimo – 17.01.2019)

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