domingo, 7 de abril de 2019

A ciência da intuição divina e da terra




Américas de DMT
Do sul, tom azul
Até clarear...
Pra você criar
Starts, play, go
Eu acho que eu
Vou. Legal estar.
DMT da caatinga
Mimosas moças
Envaidecidas riem.

E eu tomo um cupuaçu
Com um saco de paçoca
Conto trezentas histórias
E rumino tudo lá na loca.

Nós trabalhamos
Na terra e nos campos
Crianças felizes
Sem presunções
Temos dois catetes
E dois corações
DMT do divino.

Juremá, juremou
Onde anda o meu amor?
Das flores à raiz,
Juremar, juremou.

O cachimbo caboclo
Dimetiltriptamina
Dos pré-colombianos
Ameríndios desta terra
Portais e meridianos
Onde a raiz se enterra
E mostra a sua vitamina.

Minha raiz permeia
O solo sertanejo
(Me ajude por tudo
que pelejo)

“Um veio d'água na serra
É um olho d'água.
Um veio d'água no rosto
É uma mágoa a correr...
Um pingo d'água no rosto
É uma tristeza.
Um pingo d'água na rosa
É uma beleza pra se ver...”

Agora é hora de mergulhar
Da água para fora, sacudir
Cair, levantar, na terra
Na planta, no caule e no ar.

Juremá, juremou
Onde anda o meu amor?
Das flores à raiz,
Juremar, juremou.


(Cristiano Jerônimo – 07042019 – Na Jurema)


* Excerto incidental de trecho da letra da música “Um veio d’água”, composta pelo paraibano Luis Ramalho e imortalizada na voz da prima Elba Ramalho, de forma magistral.

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