quarta-feira, 4 de setembro de 2019

A 70 x 7 léguas do destino



O frio que eu vinha sentindo era na alma, no olho da solidão opcional, optativa e terapêutica. Mas não ia curar-me para viver num mundo doente. Vou rir e chorar muito ainda, embora saiba que a realidade é diferente, quando todos somos gente e tratados como iguais.

A empatia do amor pode até cobria alguns desleixos que todo mundo tem e assim não poderia julgar os erros que fiz o chegastes a cometer. Por isso, o bem e o mal procrastinam o tempo para ver se a gente anda, para ver se a gente ama e vai pra frente.

A redenção, a perdição, o mal e o amor. No pilão do tempo, apurando a massa...

Já o calor que sinto agora no meu peito, o que aprendi, o que esqueci, mescla-se e aponta que o pouco que eu sei tem aumentado um pouquinho com o tempo, senhor do destino. “...E o futuro não era mais como era antigamente...” (Renato Russo – 1985).

Sinto o pulsar aquecido das minhas artérias e canais intravenosos, o soro que garante a vida. Não há vida sem sangue. E ainda estamos a umas 70 x 7 léguas do destino. Nem sempre pacientes. Cada vez mais ansiosos. "Para! Que tá ficando feio!". Blá.

(Cristiano Jerônimo - 04092019)

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