(Nosso livro
ATA, Andréa)
Quando eram só
alcaloides
Sem haver
gasolina nem fogo
E, nas tocas
do subterrâneo,
Nas vitrines
de um bar piano
Te encontrar
sorrindo em mim.
Agora são
mais trocas adultas
Com conversas
de crianças
Apaixonadas pela
vida
Querendo viver!
No Monte das
Tabocas
No Monte
Guararapes
Nas Heroínas
de Tejucupapo
Na Pedra da Surdina
Nos talhos
do Ingá
Tudo esse ‘absurdo’
Vai amar
você também.
Quando eram
só alcaloides
Não gritavam,
não ruíam
Não eram tão
imperfeitos
Como são as
máquinas.
Mas o vigor
e o jeito de sermos
Permaneceram
intactos em nós
O amor, a
esperança, a consideração
Coisas incomensuráveis
e próprias.
O amanhã
ficou para depois
Esperamos, ansiosos,
o hoje
Que serão os
dias aos quais me refiro
Agora antes,
no passado,
Já sinto o que
é acolher.
Pretérito perfeito.
Presente do
futuro,
Do subjuntivo.
Sem tempo, aliás.
(Cristiano Jerônimo – 191120220 – Recife
- PE)
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