terça-feira, 27 de abril de 2021

Beligerância

 


De dez, tiro oito fora

Dos dois, um vai trair

Por amor; o outro vai

Aceitar por ter medo.

 

São as alças do poder

São os entrelaces vãs

Só que a gente aprende

A valorizar cada manhã.

 

A cada oito, tiro sete

O que ficar, vai ser

Tudo aquilo que fizer

De nada adianta falar.

 

Papagaios falam bem;

Aprenderam com os homens

Mas também tiveram jaulas

Sozinhos, sem ninguém.

 

Na palma da minha mão

Conto com quem conto

Poucos dedos, na verdade

Às vezes, sinto as duas mãos.

 

Às vezes não. Não há completude

Onde não há respeito e tolerância

Aqui na terra tem e não tem o bem

Também tem o limite da ignorância.

 

Além da falta de atitude diante da vida

Quando temos muitas obras para fazer

O tempo passa um terço de minuto antes

Não queremos mais ser beligerantes.

 

 

 

(Cristiano Jerônimo – 270420210)

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